18 setembro, 2012

Hora do café

Ponto de convergência dos líderes do mundo corporativo, o desenvolvimento e retenção de talentos, a formação de uma equipe de alta performance, um corpo de funcionários motivados, são alguns dos fatores determinantes do sucesso das empresas. Um diferencial competitivo, no jargão do mundo dos negócios.



Segundo pesquisa da Deloitte, 80% das empresas estimam perdas significativas de profissionais em cargos executivos e técnicos para os próximos 3 a 5 anos. É o maior percentual quando compara-se a tendência da América Latina e mundial, com percentuais  de 56% e 74%, respectivamente. Para cargos operacionais e administrativos, mais de 52% das empresas brasileiras esperam perdas significativas de seus quadros no mesmo período.

Um piscar de olhos, quando se pensa em transmissão de conhecimentos, manutenção do capital intelectual das empresas, ou mesmo para desenvolver profissionais que terão a missão de garantir a existência das organizações. As empresas brasileiras têm um desafio ainda maior, pois no período teremos dois grandes eventos mundiais (Copa Fifa e Olimpíadas).

Neste cenário, os programas de estágio tornam-se ainda mais estratégicos para que as empresas possam recompor seus quadros e manter seus diferenciais competitivos. Aos estudantes, abre-se um incrível leque de oportunidades para iniciar uma carreira de sucesso. Apesar dos ventos favoráveis, para muitos candidatos, encarar o processo seletivo e agarrar as melhores oportunidades é um desafio maior que o próprio vestibular de ingresso no tão sonhado curso de graduação.

As empresas investem muitos recursos para encontrar o melhor profissional. Outras tantas, investem também na formação e no desenvolvimento de seus profissionais. Em ambos os casos, encontrar a pessoa certa é o principal desafio. E como os postulantes as vagas de estágio podem agregar valor e habilitar-se ao crachá definitivo?

Com café. Doses diárias de café. Mas antes que se pense que estou fazendo publicidade do pretinho básico das reuniões e momentos de pausa corporativos, aqui vai uma explicação: C.A.F.E. - Conhecimento, Aprendizado, Fidelidade, Experiência. C.A.F.E. na veia, ou melhor, na mente.

O conhecimento refere-se a capacidade técnica, a capacidade de interpretar os desafios e propor soluções. Também abrange a cultura geral, pois exige-se dos profissionais capacidade de relacionamento com o mundo, as diferentes culturas e comunidades. E como ferramental para este relacionamento: o conhecimento de outros idiomas é imprescindível.

Disposição para aprender. Aprender sempre, um hábito. Este é um grande diferencial e um aspecto muito valorizado pelas corporações. Ah, você já conhece o Excel. E sabe utilizar as ferramentas de automação VBA na plataforma MS Office? Eis a necessidade do aprendizado contínuo. O prof. Marins (Luiz Almeida Marins Filho) certa oportunidade definiu o mercado de trabalho como sendo uma escada rolante (destas que nos auxiliam nos shoppings), onde o você está subindo por meio de uma escada que desce. Se ficar parado, irá regredir. Portanto, não pare. Aprenda algo novo todos os dias.

Fidelidade para a relação empresa - empregado, nada mais é que comprometer-se com a empresa. Dedicar 100% da sua capacidade a esta relação enquanto ela existir. Ninguém espera que o funcionário irá entrar como estagiário e após décadas de trabalho aposentar-se, tendo trabalhado numa única empresa. Mas enquanto usar o crachá da empresa, seja fiel, aja com ética - profissional e moral.

E a experiência? Perguntariam aqueles que estão em busca da primeira_oportunidade, debutar como estagiário no mercado de trabalho. Neste quesito valem atividades acadêmicas práticas, voluntariado, projetos sociais, engajamento para estruturar o time de futebol da turma ou para ajudar a realizar a festa junina da rua. Aqui entra o resultado, ou seja, o produto da sua capacidade de realizar algo. E para seu desenvolvimento profissional, o estágio é a melhor forma de vivenciar esta experiência.
 
Para sorte dos de todos, existem vários programas para auxiliar os jovens a iniciar uma carreira profissional de sucesso. Utilize a rede, as orientações e os serviços que os Agentes de Integração oferecem, de forma gratuita. Acesse neste blog links para portais que poderão fazer esta ponte até sua vaga de estagiário.

Não esqueça da dose diária de C.A.F.E. O meu, sem açúcar, por favor.

Sucesso!


Um pouco mais sobre a Lei do Estágio

- A carga horária está limitada a quatro horas diárias e vinte horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; e seis horas diárias e trinta horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular;

- Estagiários têm direito ao recesso de trinta dias, quando o estágio tiver duração igual ou superior a doze meses na mesma empresa ou o proporcional ao período estagiado se menos de um ano. Caso o estágio seja remunerado, o recesso também deverá ser remunerado;

- O tempo máximo de estágio na mesma empresa está vinculado à proposta pedagógica do curso e não pode exceder o período de dois anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. A remuneração e a concessão do auxílio-transporte são compulsórias, exceto nos casos de estágios obrigatórios;

- Profissionais liberais com registros em seus respectivos Órgãos de Classe podem contratar estagiários;

- O estagiário faz jus a um Seguro Contra Acidentes Pessoais, cujo valor seja compatível com o mercado. O número da apólice e o nome da companhia seguradora devem constar do Contrato de Estágio;

- É obrigatória a concessão de bolsa-auxílio ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada no Contrato de Estágio, sempre que tratar-se de estágio não obrigatório;

- Ao estagiário é devido o auxílio transporte para o deslocamento do estagiário ao local de estágio e seu retorno, salvo no caso de estágio obrigatório.

Por liberalidade da Concedente, podem ser concedidos outros benefícios aos estagiários.



Everton Mendes, Administrador, possui atividades de extensão em Orçamento Público, pela UnB (Brasília), Atendimento ao Cliente pelo UDF (Brasília) e CRM pela FGV (São Paulo).



Outros artigos do autor:
>> As boas oportunidades das vagas de trabalho temporário
>> Contratam-se estagiários
>> Festa de aniversário sem presentes
>> Recuperar o tempo perdido



Pesquisa mostra aumento de valor da bolsa-auxílio para estagiários

74% das empresas disseram que revisam os valores anualmente. Índice de efetivação entre trainees é de 73%; e de estagiários, de 49%.

Pesquisa sobre estagiários e trainees realizada pela consultoria global de gestão de negócios Hay Group revela índice alto de empresas que oferecem benefícios para estagiários e aumento no valor da bolsa-auxílio. No caso dos trainees, o estudo mostra alta taxa de efetivação e os critérios que são levados em conta na escolha dos profissionais.

Estágio

No levantamento sobre estagiários, participaram 161 empresas nacionais e internacionais, de 16 setores diferentes. Dessas, 73% disseram que têm padronização da bolsa-auxílio e benefícios para os estagiários. Em relação ao estudo do ano passado, os valores de bolsa-auxílio cresceram em média 7% - 74% das empresas disseram que revisam os valores anualmente, utilizando como critério principal o mercado.

Apesar de restrita a algumas organizações, a prática de incluir no pacote de remuneração 13º salário e participação em programas de remuneração variável vem crescendo ao longo dos últimos 2 anos.
Em relação aos benefícios, a prevalência é para seguro de vida, assistência médica, refeição e assistência odontológica.

Em relação à efetivação dos estagiários, 86% das empresas disseram que ela pode ocorrer antes do término do contrato, estando diretamente ligada à disponibilidade de vaga e ao bom desempenho dos jovens. O índice de efetivação, no entanto, é de 49%.

Trainee

As informações reveladas por 79 empresas mostram que os programas de trainee são estruturados em um período de 2 anos. Os cursos mais requisitados são engenharia, administração e economia.

A maioria das empresas aceita candidatos que concluíram a graduação em no máximo 2 anos. Em 76% dos casos, funcionários da empresa podem participar do programa de seleção.

Apesar de o inglês continuar sendo exigido por 62% das empresas, a fluência no idioma deixou de ser critério eliminatório em muitos programas.

Nos programas de trainees, a taxa de efetivação é maior que a ocorrida entre os estagiários, com aproveitamento médio de 73%.

O fator comportamental é o de maior peso na avaliação dos jovens, seguido por resultados de projetos, metas específicas e conhecimentos técnicos.

A formação e orientação dos trainees são realizadas pelos gestores em 60% dos casos. Já os treinamentos corporativos continuam sendo os principais meios utilizados para capacitar os jovens talentos – índice é de 68%.

Além disso, 23% das empresas informaram que existe um módulo internacional durante o programa para o treinamento dos jovens – o crescimento dessa prática foi de 3% em relação à pesquisa do ano passado.

Fonte: G1

Contratam-se Estagiários

As empresas reduziram as contratações de jovens em início de carreira no mercado de trabalho. Este fato é uma decorrência da desaceleração da economia mundial que vem influenciando o desempenho econômico do Brasil. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego, no período de janeiro a maio deste ano, houve uma redução de 11% na admissão de profissionais que estreiam no mercado de trabalho, comparado com igual período de 2011.

O reflexo é um elevado índice de desemprego entre os jovens com idade entre 15 e 24 anos. Mas a causa não é só a crise. A falta de domínio da língua portuguesa, a inabilidade com ferramentas de informática e uma postura inadequada também contam para este índice negativo. O desemprego é de 12,6% na faixa etária dos 20 aos 24 anos e de 22,9% na faixa dos 15 aos 17 anos, segundo o IBGE, enquanto que a média nacional de desemprego em todas as idades está na faixa dos 6%.

Segundo Amilton José Moretto, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit), da Unicamp, a redução dos custos de seleção e de treinamento são algumas das razões para as empresas optarem por contratar pessoas com maior qualificação.

Embora tenhamos a diminuição da contratação de jovens neste ano, o acumulado da última década é positivo. Comparando-se os resultados do CAGED de 2003 – ano de início do levantamento –, constata-se um crescimento de 61% na admissão desses profissionais. Nesse cenário de maior prazo, o estágio de estudantes aparece como ponte entre os mundos acadêmico e laboral, e como um dos principais acessos ao mercado de trabalho. Segundo dados da Associação Brasileira de Estágios (Abres), há no País pouco mais de 1 milhão de estagiários.

O estágio é uma atividade pedagógica, de complemento à formação acadêmica, regido por legislação específica. Visa à preparação para o trabalho produtivo, contribuindo para o aprimoramento profissional e crescimento cultural. Proporciona situações reais relacionadas à área de estudo, pois o estudante vivencia na prática o que está aprendendo na teoria e, além de tudo, é a oportunidade para o início de uma carreira de sucesso dentro de uma grande empresa.

Os programas de estágio, como opção dos jovens ao início de carreira, devem ser reconhecidos pelos seus vários aspectos positivos: promovem o crescimento profissional dos estudantes por meio do seu acesso ao ambiente corporativo, possibilitam a eventual descoberta de um novo talento para a empresa, que, inclusive, pode moldá-lo de acordo com as necessidades e o perfil da corporação. Ter no time um jovem que frequenta o ambiente acadêmico traz uma natural troca de experiências, como resultado da convivência dele com profissionais de variadas experiências no banco escolar. Este fato proporciona ainda oxigenação de conceitos e tecnologias na empresa. Adicionalmente a essas vantagens, o governo concede incentivos fiscais na contratação de estagiários, como isenção de encargos trabalhistas, previdenciários e tributários, além da ausência de multa rescisória, aviso prévio, entre outros.

Além do diploma, a prática aliada a anos de estudo teórico é de grande importância para que o aluno, egresso de uma universidade, esteja bem preparado para o mercado de trabalho e os desafios de sua profissão. Visão crítica, prontidão e comprometimento são alguns aspectos aguçados no mundo corporativo.

Estar atentos aos processos de seleção para programas de estágio é uma postura positiva para os estudantes universitários e de cursos técnicos e tecnológicos. São milhares de oportunidades que geram reais perspectivas de efetivação ao final do primeiro ou do segundo período do programa. Eles oferecem aperfeiçoamento profissional, networking, desenvolvimento das competências e remuneração (bolsa-auxílio).

Para realizar um programa de estágio, é importante o estudante estar cadastrado a um Agente de Iintegração, a exemplo do Espro, que auxilia na identificação das melhores vagas, além de disponibilizar ao estudante o acesso a outros serviços que promovem a interação do mundo educacional com o mercado de trabalho.

Sabendo mais sobre a Lei do Estágio

Confira alguns direitos do estagiário:

- A carga horária está limitada a quatro horas diárias e vinte horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; e seis horas diárias e trinta horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular;

- Estagiários têm direito ao recesso de trinta dias, quando o estágio tiver duração igual ou superior a doze meses na mesma empresa ou o proporcional ao período estagiado se menos de um ano. Caso o estágio seja remunerado, o recesso também deverá ser remunerado;

- O tempo máximo de estágio na mesma empresa está vinculado à proposta pedagógica do curso e não pode exceder o período de dois anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. A remuneração e a concessão do auxílio-transporte são compulsórias, exceto nos casos de estágios obrigatórios;

- Profissionais liberais com registros em seus respectivos Órgãos de Classe podem contratar estagiários;

- O estagiário faz jus a um Seguro Contra Acidentes Pessoais, cujo valor seja compatível com o mercado. O número da apólice e o nome da companhia seguradora devem constar do Contrato de Estágio;

- É obrigatória a concessão de bolsa-auxílio ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada no Contrato de Estágio, sempre que tratar-se de estágio não obrigatório;

- Ao estagiário é devido o auxílio transporte para o deslocamento do estagiário ao local de estágio e seu retorno, salvo no caso de estágio obrigatório.

Por liberalidade da Concedente, podem ser concedidos outros benefícios aos estagiários.



Everton Mendes, Administrador, possui atividades de extensão em Orçamento Público, pela UnB (Brasília), Atendimento ao Cliente pelo UDF (Brasília) e CRM pela FGV (São Paulo).



Outros artigos do autor:

>> As boas oportunidades das vagas de trabalho temporário
>> Hora do café
>> Festa de aniversário sem presentes
>> Recuperar o tempo perdido